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Moradores do Morro da Piedade pedem ajuda para deixar a região

Em 2018, cerca de 40 famílias procuraram a Defensoria Pública do Estado (DPES) para garantirem acesso à moradia

Foto: TV Vitória

Por causa dos intensos ataques que atingiram o Morro da Piedade, em Vitória, nos últimos meses, moradores da região têm optado por abandonar suas casas para se proteger. No ano de 2018, cerca de 40 famílias procuraram a Defensoria Pública do Estado (DPES) para garantirem acesso à moradia. A instituição está trabalhando em conjunto com a comunidade, o município de Vitória e o Governo do Estado para encontrar soluções para a população no bairro.

A DPES, por meio do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia (NUDAM), acompanha a situação dos moradores da Piedade desde 2018, quando ingressou uma Ação Civil Pública contra o Estado do Espírito Santo e o município de Vitória. Um dos pedidos é a criação de uma comissão integrada com a participação da população e do poder público municipal e estadual.

A comissão foi criada no último dia 4, após uma audiência de conciliação realizada na Justiça, e é composta pelos moradores da Piedade, Governo do Espírito Santo, Prefeitura de Vitória e Defensoria Pública. O grupo já teve um primeiro encontro, no qual foi anunciado o retorno do Estado Presente pelo Governo e a sua abrangência ao Morro da Piedade e demais morros do entorno.

Segundo o Governo, o projeto tem foco na segurança pública e tem por objetivo reduzir a criminalidade e o número de homicídios nos bairros com maiores índices de violência no Espírito Santo. Além disso, serão implementadas medidas que vão impactar diretamente na questão social, com a entrega de projetos públicos para a região.

Para o defensor público Vinicius Lamego, os moradores da Piedade precisam receber mais atenção do poder público. “Precisávamos resolver principalmente a questão da segurança, mas também a questão da assistência dos moradores, buscando a implementação de mais serviços na comunidade, que tem uma estrutura muito precária e é muito carente da atenção do poder público”, destacou.

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