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VÍDEO | Pais de alunos fazem carreata e pedem volta das aulas presenciais no Espírito Santo

Este é o terceiro protesto pedindo o retorno das aulas presenciais no Estado somente nesta semana

Foto: Reprodução/ Pais Pela Educação ES

Um grupo de pais de estudantes realizou uma carreata, na manhã deste sábado (24), por avenidas de Vitória, para pedir o retorno das aulas presenciais no Espírito Santo. De acordo com a organização do movimento, cerca de 80 veículos participaram do ato. A carreata envolveu mais de 100 pessoas de diversas cidades do Estado. Já a Guarda Municipal da capital estima que aproximadamente 70 veículos participaram do ato.

A carreata teve início na Praça do Papa, na Enseada do Suá. Os manifestantes percorreram as avenidas Nossa Senhora dos Navegantes, Saturnino de Brito e Dante Michelini.

A psicóloga e uma das organizadoras da carreata, Enislayne Simon, afirmou que o ato foi realizado pensando no reconhecimento do direito à educação das crianças e adolescentes e ressaltou, ainda, os diversos problemas psicológicos e emocionais que os alunos têm passado durante a pandemia, longe da escola e do convívio social. 

"São inúmeros os casos de adoecimento emocional, psicológico que as crianças e adolescentes estão passando. A interação social, o aprender um com o outro faz parte do desenvolvimento intelectual que acontece na escola", afirmou. 

Enislayne destacou, no entanto, que o movimento pede o retorno das aulas presenciais para aqueles que se sentirem confortáveis em voltar para a escola.  "Compreendemos o momento e que muitos pais não se sentem seguros com os filhos na escola. Mas queremos ter respeitado o direito de nossos filhos frequentarem as escolas", explicou. 

Este não foi o único ato realizado pelo movimento Pais Pela Educação do Espírito Santo nesta semana. Na segunda-feira (19), o grupo fez um protesto na frente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Os pais colocaram cadeiras, cartazes e balões pretos, simbolizando o luto pela educação na frente da Ales.

O protesto se repetiu na última quinta-feira (22), na frente da sede do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), após a Justiça suspender a decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Vitória, que havia concedido, na terça-feira (20), uma liminar que considerava como atividades essenciais as aulas presenciais e permitia o seu retorno em todos os municípios.

Com a decisão da Justiça, seguem em vigor os critérios definidos pelo decreto do Governo do Estado. As aulas presenciais não podem ocorrer nos municípios classificados em risco extremo. Já nos municípios em risco alto, as aulas presenciais são permitidas para os cursos da área da saúde e segurança pública. Os professores das demais áreas podem realizar atendimentos individuais. No risco moderado, as aulas presenciais podem acontecer com redução na capacidade da sala de aula. 

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O novo mapa de risco, que começa a valer na próxima segunda-feira (26), foi divulgado nesta sexta-feira pelo governador Renato Casagrande. Cinco cidades capixabas estão classificadas em risco extremo, 50 em risco alto, incluindo a Grande Vitória, e 23 em risco moderado.


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