Pai de Kauã fala sobre retorno de Juliana Sales para a prisão
O pai de Kauã disse não entender o motivo da liberdade provisória concedida para Juliana
Familiares de Kauã, um dos irmãos mortos em um incêndio ocorrido dentro da casa onde moravam, em Linhares, falou sobre o retorno da mãe das crianças para a prisão. A mãe, Juliana Sales, havia conseguido liberdade provisória na semana passada. E como na primeira vez, Juliana foi presa na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais.
Juliana Sales, mãe dos meninos Kauã e Joaquim, foi presa novamente nesta quarta-feira (14). A liberdade concedida para a mãe das crianças causou revolta e durou apenas uma semana. No dia que souberam da liberdade concedida para a mãe, familiares das crianças fizeram uma manifestação no Centro de Vitória, contra a decisão da Justiça.
O pai de Kauã, Rainy Butkovsky, relatou que já esperava a prisão dela. Segundo ele, o advogado de defesa da família teria instruído sobre a possibilidade de Juliana ser presa outra vez. De acordo com Rainy, provas e relatos que comprovaram a tranquilidade de Juliana, foram um dos agravantes do retorno dela para a cadeia. "Ela disse através de mensagens que havia dormido bem, que estava feliz, mesmo sabendo da morte dos dois filhos. Isso é inaceitável!", contou.
Ainda não há previsão da chegada de Juliana no Espírito Santo. Para Rainy, a liberdade provisória dela causou revolta. "Estamos aqui para lutar por nossas crianças. Buscamos uma justiça mais rigorosa. Uma justiça que seja realizada de verdade e que esteja contra o crime cometido em crianças"; desabafou.
A avó paterna disse que ainda não consegue entender com que base Juliana teria sido solta. "Com a soltura dela, nós ficamos sem saber dizer o que realmente teria facilitado a liberdade dela. Além disso, as informações do processo nós só conseguimos através da mídia e isso torna uma angústia constante", disse.
Georgeval Alves, padrasto de Kauã e pai de Joaquim, permanece preso. Ele foi acusado de estuprar, agredir e atear fogo nos irmãos. Juliana e Georgeval são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual.
Juliana Sales foi encaminhada para o presídio de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Está mantida em uma sala individual e aguarda na unidade até que Justiça do Espírito Santo decida a transferência dela para o estado capixaba.
* Com informações do repórter Emerson Ferreira, da TV Vitória / Record TV
