Geral

"Era uma grande professora", diz diretora de escola em que vítima trabalhava

Cybelle Passos foi uma das vítimas do ataque em Aracruz

Foto: Reprodução/Internet
Cybelle Passos, professora e uma das vítimas do ataque em Aracruz

Lucinéia de Fátima Bressamini Polonini, diretora da EMEF Santa Cruz, em Aracruz, onde Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, professora de matemática e uma das vítimas do ataque a duas escolas no município, lecionava para o e sexto e sétimo anos, falou com o Folha Vitória sobre o atentado ocorrido na manhã desta sexta-feira (25). 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Cybelle, que era pernambucana, lecionava no colégio há dois anos, após ser aprovada em concurso, e concluiu sua dissertação de mestrado em novembro do ano passado.  

"Me lembro que ela começou durante a pandemia e muitas vezes conversamos com ela, sobre como era difícil trabalhar e estudar ao mesmo tempo, ela estava muito feliz, sempre foi muito focada em conquistar seus objetivos, uma pessoa que sempre batalhou muito, era muito prestativa e estava sempre disponível para a escola, para comunicar, para tudo", conta Lucinéia. 

LEIA TAMBÉM: >> Ataque em Aracruz: veja quem são as professoras vítimas de atirador

Ainda de acordo com a diretora, Cybelle era uma pessoa querida por todos e uma professora exemplar. "A cidade e o estado perdem uma grande professora, uma pessoa dedicada, tranquila, querida por todos os colegas e alunos, é um sentimento sem explicação, de dor, sofrimento e solidariedade para todos os colegas e principalmente com a família". 

Na semana passada, Cybelle recebeu a premiação de Boas Práticas da Educação, que contou com a presença do governador Renato Casagrande, pela Escola Primo Bitti, onde o ataque aconteceu. Além de Cybelle, a professora de artes Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos, também perdeu a vida durante o atentado.  

As aulas no EMEF Santa Cruz foram suspensas na tarde de sexta e ainda não há previsão para retorno. "Vou esperar a decisão do secretário de educação, pois é um momento de muita dor e os colegas estão muito abalados com tudo que aconteceu, realmente não há nem o que falar com tudo o que aconteceu", concluiu a diretora.

O corpo de Cybelle foi liberado por familiares na manhã deste sábado (26) e deve ser sepultado durante a tarde.

*Texto do repórter Guilherme Lage, do Folha Vitória


Pontos moeda