Representante dos caminhoneiros no ES descarta paralisação: 'ia ser um atraso para o Brasil'
No início da semana, caminhoneiros realizaram manifestações contrárias à decisão que proibia multar empresas que estejam pagando valores em frete abaixo do mínimo estabelecido
Após reunião na Advocacia-Geral da União, na última quarta-feira (12), o representante dos caminhoneiros no Espírito Santo, Ubirajara Nobre, conhecido como Bira, descartou a possibilidade de uma paralisação da categoria.
"Com uma paralisação agora, imagina como a gente iria ficar, como ia se organizar. Quando digo a gente, digo o caminhoneiro, a dona de casa, o moço que trabalhou o ano todo e agora o que mais queria era curtir. Como vai ser feito isso com as estradas bloqueadas e sem alimentos chegando? Ia ser um atraso para o Brasil novamente", afirmou Bira em um áudio.
Audiência aconteceu na tarde de quarta-feira na sala de audiências do Gabinete da Ministra Greice Mendonça. O principal assunto pautado na reunião, que contou com a presença do Ministro Osmar Terra e mais 15 representantes de vários estados, foi a petição judicial formalizada pela AGU contra a liminar expedida pelo STF, que suspendeu as multas aplicadas pela a ANTT.
"O mesmo ministro, o Fux, que deu a liminar, derrubou a própria liminar e volta tudo ao normal, pelo menos por enquanto. Tudo indica que eles vão pedir com urgência para o colegiado julgar essa causa e definir logo. Então, enquanto não há definição, a gente descarta qualquer possibilidade de paralisação. Vamos aguardar os próximos passos", concluiu Bira.
Paralisação
Na última segunda-feira (10), caminhoneiros autônomos realizaram manifestações em rodovias do Rio de Janeiro e de São Paulo na manhã desta segunda-feira (10), contrária à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que proibia multar empresas que estejam pagando valores em frete abaixo do mínimo estabelecido.
Apesar de não ter acontecido movimento semelhante, o líder dos caminhoneiros no estado, afirmou, no dia, que uma nova greve da categoria não estava descartada no Espírito Santo.
