MORTE gerson camata

Polícia

Defesa de ex-assessor de Camata diz que vídeo com confissão em delegacia é ilegal e foi feito sob pressão

O advogado Homero Mafra recorreu à Justiça para que o vídeo fosse retirado dos autos do processo, alegando que o acusado foi pressionado durante o depoimento

Foto: Divulgação / Polícia Civil

Mais de um mês após o assassinato do ex-governador do Espírito Santo, Gerson Camata, a defesa do principal suspeito de ter cometido o crime, o ex-assessor de Camata, Marcos Venício Moreira Andrade, afirmou que o vídeo em que o suspeito confessa o crime - usado como prova na ação penal - é ilegal. A defesa pede ainda que o suspeito responda ao processo em liberdade.

O vídeo foi gravado no departamento de homicídios e proteção à pessoa (Dhpp), em Vitória. Na gravação, Marcos Venício diz que atirou em Gerson Camata após, supostamente, ter sido hostilizado por ele. No vídeo o suspeito nega que premeditou o crime. O assassinato aconteceu no dia 26 de dezembro, na Praia do Canto, em Vitória.

O advogado Homero Mafra, que faz defesa de Marcos Venício, recorreu à Justiça para que o vídeo fosse retirado dos autos do processo, alegando que o acusado foi pressionado durante o depoimento - colhido no mesmo dia do crime - e não pôde exercer o direito de ficar calado. Para a defesa, a gravação foi um depoimento informal, prestado antes do interrogatório. 

Os advogados e assistentes de acusação, Renan Sales e Ludgero Liberato, que representam a família de Gerson Camata, disseram que acreditam que a prisão do suspeito seja mantida. Eles ressaltaram que os argumentos articulados pela defesa de Marcos Venício não se sustentam e que as provas foram devidamente produzidas. Em relação aos autos do processo, os advogados disseram que vão se manifestar.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o inquérito do crime já foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público do estado, com as devidas provas, exame de balística e depoimentos de testemunhas que presenciaram o crime. Sobre o vídeo, que foi gravado de maneira informal, a Polícia Civil disse que foi feito dessa forma para preservar os policiais que colheram o depoimento, caso surgisse alguma alegação de tortura por parte do suspeito. Após a gravação do vídeo, o suspeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe.

Relembre o vídeo com a confissão do suspeito:


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