CASO KAUÃ E JOAQUIM

Julgamento de Georgeval Alves: defesa pede adiamento do júri, mas juiz nega

Entre as motivações, está o pedido de substituição de uma de suas testemunhas de defesa, que mora em outro Estado e não poderia comparecer ao julgamento

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução / TV Vitória

A defesa do ex-pastor Georgeval Alves, acusado de estuprar e matar o filho Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado Kauã Butkovsky, 6, pediu o adiamento do júri que estava marcado para a próxima segunda-feira (03). O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz. 

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Entre as alegações da defesa para sustentar a justificativa do adiamento, está o pedido de substituição de uma das testemunhas que, pelo fato de não morar no Espírito Santo, não poderia comparecer ao julgamento.

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Segundo informações apuradas pela reportagem da TV Vitória/Record TV, o juiz negou o pedido de adiamento e manteve a testemunha no processo, tendo em vista que a defesa de Georgeval pediu a substituição fora do prazo legal, e, além disso, foi determinado que a responsabilidade da testemunha ser ouvida ficará a cargo da própria defesa.

Com isso, a testemunha deve ser ouvida por videoconferência e, caso ocorra qualquer dificuldade durante o depoimento, a responsabilidade será da própria defesa. 

Ainda conforme a apuração, o advogado do ex-pastor também teria alegado outros apontamentos como falta de segurança de Georgeval, laudo psiquiátrico, entre outras motivações.

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A reportagem do Folha Vitória tentou contato com o advogado de defesa do ex-pastor, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para a manifestação. 

Defesa já havia pedido adiamento do júri em fevereiro

Essa não é a primeira vez que a defesa de Georgeval pede o adiamento do júri popular. Inicialmente, o julgamento do ex-pastor foi marcado para março deste ano, porém, no início de fevereiro, a defesa pediu que o processo fosse adiado para abril.

À época, o adiamento foi aceito pelo juiz, pois, segundo a defesa, o novo advogado do réu, Pedro Henrique Souza Ramos, passaria por uma cirurgia na semana em que o júri tinha sido marcado inicialmente. Sendo assim, a nova data respeitaria o período de 15 dias recomendado pelo laudo médico do defensor.

Ex-pastor será submetido a júri por crime cometido em 2018

O júri popular será realizado na próxima segunda-feira (3), no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, sob a presidência do juiz da 1ª Vara Criminal, Tiago Fávaro Camata.

Georgeval vai a júri popular quase cinco anos após o crime em que é acusado de ter estuprado e matado o próprio filho e o enteado. Tudo teria acontecido no dia 21 de abril de 2018, por volta das 2h, na casa onde moravam o réu e as vítimas, no centro de Linhares.

Contra ele pesam os crimes de duplo homicídio qualificado, estupros de vulneráveis e tortura. O caso causou muita comoção no Espírito Santo, tornando o julgamento do ex-pastor um dos mais esperados dos últimos tempos.

Diante da complexidade do caso, cujos indícios apontam para a presença de requintes de crueldade, é possível que o julgamento se estenda por dias, na avaliação de especialistas.



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