Polícia

Caso Thayná: julgamento do recurso de Ademir Lúcio é adiado

Além desse caso, o suspeito de sequestrar, violentar e assassinar Thayná responde por crimes de estelionato, receptação, extorsão e ameaças

Foto: Reprodução

A definição sobre o julgamento de Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, acusado de estuprar e matar Thayná Andressa de Jesus Prado, de 12 anos, que aconteceria na tarde desta quarta-feira (12), foi adiada em razão da renúncia do advogado de defesa do réu. A informação é do Tribunal de Justiça do Estado (TJES).

Nesta quarta-feira, os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) iriam julgar um recurso, impetrado pela defesa, com o objetivo de impugnar a decisão de enviar o caso para júri popular. 

De acordo com o advogado Herval Salloto, que era responsável pelo caso até apresentar a renúncia, em junho deste ano, o recurso alega que não há indícios científicos de estupro ou homicídio para que o réu seja submetido a júri popular.

Segundo o advogado, que esteve presente na Câmara Criminal na tarde desta quarta-feira, o relator do processo foi informado da renúncia antes de se instalar a sessão. Com isso, retirou o processo de pauta até a regularização da nomeação de um defensor para o réu. 

Foto: TV Vitória

O caso

Thayná desapareceu após ir até um supermercado no dia 17 de outubro de 2017. No dia 31 do mesmo mês, a polícia divulgou a foto do suspeito de ter sequestrado a jovem, identificado como Ademir Lúcio Ferreira Araújo. No mesmo dia, também foram divulgadas as imagens de videomonitoramento que registraram o momento em que a menina entrou em um carro.

No dia 7 de novembro, a polícia informou que o carro usado no dia do desaparecimento de Thayná havia sido apreendido. De acordo com a Polícia Civil, o veículo era utilizado por Ademir. O carro foi localizado em Guarapari, com um vendedor de queijos, que disse tê-lo comprado por R$ 5 mil em Cobilândia, próximo à feira do bairro, em Vila Velha.

No dia 10 de novembro a ossada da adolescente foi encontrada nas proximidades de uma lagoa, localizada na região conhecida como Parque Industrial, em Viana. O delegado José Lopes, responsável pela investigação do crime, disse, na época, que era provável que o corpo tivesse sido queimado, pois houve registro de fogo na região.

O acusado de sequestrar a estudante foi preso na noite do dia 12 de novembro. Ademir foi encontrado sozinho em uma praça pública, localizada no Centro de Porto Alegre. Após a prisão, a polícia ainda gravou um vídeo com a versão dele sobre o caso. No vídeo, o suspeito disse que, no dia do crime, voltava do bairro Universal, em Viana, quando viu a jovem na rua. Segundo ele, a menina o reconheceu e ele a convidou "para dar uma volta". A mãe, no entanto, garantiu que essa versão era falsa. Clemilda afirmou que, ao contrário do que ele declarou na gravação, nem ela nem a menina o conheciam.

Outros crimes

Além desse caso, o suspeito de sequestrar, violentar e assassinar Thayná responde por crimes de estelionato, receptação, extorsão e ameaças em pelo menos três estados brasileiros. De acordo com a polícia, somente no Rio Grande do Sul, onde mora o filho, Ademir possui 22 passagens pela Justiça e já foi detido por estelionato, receptação, extorsão e ameaças.

O suspeito também já foi detido em Minas Gerais, acusado de ter matado o namorado da sogra, em 2015. Ele também teve a prisão decretada referente ao processo que responde devido a uma suspeita de estupro de uma outra menina, de 11 anos.

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