Polícia

Suspeitos de matar homem dentro de shopping em VV são identificados

O crime aconteceu em abril, dentro da praça de alimentação do estabelecimento

Quatro suspeitos de participação na morte de João Walbert Valério Pereira foram identificados pela polícia. O crime aconteceu no dia 1º de abril deste ano, na praça de alimentação de um shopping em Vila Velha. Além da vítima, mais duas pessoas acabaram baleadas, uma jovem e uma criança.

De acordo com a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha, sob responsabilidade do delegado Ricardo Almeida, o inquérito que investigava o homicídio foi concluído.

Segundo a polícia, foram indiciados Maurício Geciano Rodrigues, conhecido como "Mau-Mau", de 20 anos, apontado como executor do crime, Douglas Souza Lopes, o "Tio Chico", de 24 anos, que seria o mandante, Evandro Silveira de Almeida, conhecido como "Carioca", de 27 anos, responsável por avisar ao executor sobre a presença da vítima no local, e Moisés Gomes Pereira, que trabalhava como segurança no shopping no dia do fato e, após o crime, recebeu a arma do executor e a guardou.

De acordo com o delegado, a motivação do crime foi pelo fato dos autores acreditarem no envolvimento de João Walbert no assassinato de Paulo Geovane Ferreira Xavier, conhecido como “Jô”, no dia 13 de janeiro, no bairro Ilha da Conceição. Segundo a polícia, Paulo Geovane era o chefe do tráfico de drogas no bairro onde foi assassinado, e Douglas Souza era considerado o seu braço direito.

A polícia informou que Moisés Gomes está respondendo pelo crime em liberdade e os outros três envolvidos possuem mandado de prisão preventiva e estão foragidos. A Polícia Civil pediu a colaboração da população que, caso tenha alguma informação do paradeiro dos acusados, denunciem através do Disque-Denúncia 181.

O outro lado

Por meio de nota, o advogado dos suspeitos, Leonardo da Rocha de Souza, lamentou os fatos ocorridos dentro do shopping e se solidarizou com os familiares das vítimas, mas negou a participação de ambos no crime. Segundo ele, os depoimentos das testemunhas, que constam no inquérito policial, são todos baseados no "ouvir dizer". Ainda de acordo com o advogado, a decisão de decretar a prisão preventiva dos acusados é infundada e deverá ser corrigida pelo próprio magistrado ou por tribunais superiores. 

A defesa dos suspeitos afirmou ainda que eles se prontificaram a prestar esclarecimentos sobre o fato, mas, diante da exigência da autoridade policial de que ambos fossem presos, eles se tornaram foragidos. "Resistir e fugir de uma decisão de prisão abusiva e ilegal é legítimo e inerente a qualquer ser humano", escreveu o advogado.

Leonardo da Rocha de Souza lamentou ainda o fato de a imagem dos acusados estarem sendo amplamente divulgada e "submetida a verdadeira execração pública e julgamento sumário". O advogado alega que, amparado pela Constituição, "todo cidadão, acusado ou não, com registros criminais ou não, tem direito à sua intimidade e imagem preservadas e direito à defesa garantido, sendo considerado inocente até o trânsito em julgado de sentença condenatória".

A defesa afirmou ainda que espera que a audiência de instrução e, se for o caso, o julgamento dos acusados ocorra o quanto antes, pois tem a convicção de que, caso os suspeitos sejam realmente submetidos a um júri popular, serão todos absolvidos. O advogado também espera que seja dado, por isonomia de tratamento entre acusação e defesa, o mesmo tempo e espaço de divulgação às alegações defensivas e esclarecimentos no presente caso.

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