Saúde

ES tem o menor número de internações por covid-19 desde o início da pandemia

Segundo o subsecretário de Estado da Saúde, os números são os menores desde o início da pandemia no Espírito Santo

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Diego Simão/TV Vitória

Esta semana, o Espírito Santo registrou a menor número de internações por covid-19 desde o início da pandemia, em 2020. Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, até o fim da tarde da quarta-feira (23), 97 pacientes estavam internados em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e enfermarias da rede pública. Desse total, 59 positivaram para a doença.

"Estamos em um patamar muito reduzido da pandemia. Nós atingimos essa semana um número abaixo de 100 pessoas internadas na rede pública, SUS, confirmados para covid-19. Nós tivemos até a quarta, 97 pessoas internadas. Dessas, 59 confirmaram para a doença. Essa é a menor internação desde o início da pandemia", disse o subsecretário.

Nesta quinta-feira (24), o Estado chegou a 1.036.086 casos da doença. Óbitos somam 14.315. Até agora, 989.733 pacientes conseguiram se recuperar da covid. 

É importante lembrar que além das internações, os casos diminuíram bastante no Estado: uma média de 216 nas últimas duas semanas. Óbitos foram, também em média, 3,5 ao longo das duas últimas semanas. 

Espírito Santo registrou 399 mil casos de covid-19 este ano

Somente em 2022, até o fim da tarde desta quarta-feira (23), o Espírito Santo registrou 399 mil casos e 972 mortes por covid-19. A letalidade geral é de 0,24. Isso significa que a cada 100 pessoas contaminadas neste ano; 0,24 morreram por complicações da doença.

Apesar das taxas terem reduzido consideravelmente, os números chamam a atenção. Pessoas acima de 60 anos são as mais sofrem as consequências da covid. 

"Destes 399 mil casos, 55 mil são de pessoas acima de 60 anos, o que reforça um percentual muito parecido com todo o período da pandemia. Foi um total de 13% dos adoecimentos em pessoas nessa faixa etária. Nos óbitos; dos 972, 793 vitimaram pessoas acima de 60 anos. 81% do total de óbitos, pontuou Reblin."

Foto: Bernardo Portela/Ascom/Bio-Manguinhos

Ciência aposta em intervalos menores entre as vacinas para manter a imunidade contra a doença

O médico infectologista e professor de medicina, Lauro Pinto, diz que a Ciência conta com períodos menores entre as vacinas para assegurar a resposta imunológica ao vírus. O tempo pode variar de acordo com a idade da população.

"No caso específico da covid, por que ainda não temos vacina com adjuvante e nem com mais antígeno, a alternativa que o mundo tem feito é encurtar o intervalo entre as doses. Então, talvez, o intervalo que para um jovem possa ser um ano, possa ser 8 meses ou 9 meses, para o idoso, pode ser de 4 meses. Um intervalo menor para deixá-lo mais protegido de doenças graves."

O especialista destaca que até que sejam desenvolvidas e disponibilizadas vacinas adaptadas com as novas variantes que surgiram ao longo dos últimos dois anos, proporcionando uma proteção mais duradoura, os reforços serão necessários.

"É preciso a gente entender que todas essas vacinas de covid foram desenhadas para a variante Wuhan que surgiu na China em dezembro de 2019. A vacina de gripe é atualizada todos os anos e há um esforço, sabemos que a Astrazenca e a Pfizer estão na fase 3 de vacina atualizada, devemos ter uma vacina mais apropriada para enfrentar essa situação em um futuro próximo, pontuou o especialista".

Para Lauro Pinto, revacinar é importante uma vez que os imunizantes se apresentam seguros. Além disso, destaca que todas as estatísticas mostram que as pessoas vacinadas morrem menos e internam menos.

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