Geral

Operações de mineradora responsável por barragens que se romperam serão paralisadas no ES

As operações da empresa na Unidade de Germano (MG) estão paralisadas. Na Unidade de Ubu, em Anchieta (ES), as operações industriais serão paralisadas ao final dos estoques de minério

A mineradora Samarco, responsável pelas duas barragens de rejeito que se romperam na última quinta-feira (5) em Mariana (MG), divulgou nota hoje (8) na qual afirma que está atenta a qualquer repercussão no Espírito Santo e em constante contato com as autoridades competentes em função do acidente ocorrido nas barragens de Fundão e Santarém.

Área afetada pelo rompimento de barragens no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O rompimento das barragens de rejeito (que concentra os resíduos do processo de mineração) destruíram o distrito de Bento Rodrigues, que fica na zona rural da cidade mineira. A lama oriunda do acidente está sendo levada pelo Rio Doce, aumentando o nível do rio e pode provocar enchentes, por exemplo.

Samarco acumulou mais rejeitos em barragens rompidas

“A expansão da mancha [de lama] que avança no Rio Doce está sendo permanentemente monitorada pela empresa. A Samarco está tomando todas as providências possíveis para mitigar os impactos ambientais gerados e, em caso de necessidade, auxiliar prefeituras e as comunidades em eventuais ocorrências. A coleta de amostras de água nos trechos impactados já foi iniciada e terá continuidade até a normalização da situação. É importante mencionar que a empresa está, no momento, concentrando seus esforços no atendimento às pessoas atingidas”, diz o documento.

Leia também:
Com chegada de lama, municípios capixabas podem suspender abastecimento de água
Espírito Santo divulga ações contra "onda de lama" no Rio Doce
Ministério Público vai investigar impactos ambientais causados ao ES
Aulas serão suspensas em Colatina durante passagem de lama

Ainda segundo a mineradora, as operações da empresa na Unidade de Germano (MG) estão paralisadas. Na Unidade de Ubu, em Anchieta (ES), as operações industriais serão paralisadas ao final dos estoques de minério. O mesmo acontecerá com as operações de embarque, que serão interrompidas ao término dos estoques de produtos.

Segundo o último boletim divulgado ontem (7) às 13h pelo Serviço Geológico do Brasil, que monitora 24 horas a cheia do Rio Doce provocada pelos rompimentos das barragens, na tarde deste domingo a previsão é que o pico da onda de cheia chegue nas estações de monitoramento de Governador Valadres (MG). Esta onda de cheia, ainda segundo os técnicos que monitoram a região, não irá causar enchentes nos municípios localizados na margem do Rio Doce.

Pontos moeda