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Com poucos ônibus nas ruas, paralisação no Transcol continua

Só circulam os ônibus com ar-condicionado e microônibus, que não precisam da presença de cobradores; Sindirodoviários afirma que não foi acionado pela Justiça

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

A paralisação de parte da frota de ônibus do sistema Transcol continua na Grande Vitória. Os ônibus não estão saindo das garagens das empresas sem os cobradores. Apenas os veículos de ar-condicionado e microônibus, cuja passagem é paga exclusivamente com Cartão GV, estão circulando. O movimento começou na madrugada desta segunda-feira (04) gerando grande transtorno na região metropolitana, com atrasos nos pontos de ônibus e coletivos lotados. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários), Marcos Alexandre da Silva, os cobradores estão à disposição das empresas e foram surpreendidos pela decisão do Governo do Estado em manter a suspensão da cobrança em dinheiro nos coletivos, interrompendo a volta ao trabalho nos ônibus. "Não há impedimento por parte do nosso sindicato. As próprias empresas é que não querem circular com os veículos convencionais sem os cobradores", destacou.

Até o momento, o Sindirodoviários afirma que não foi acionado pelo sindicato patronal ou pelo Governo do Estado por meio da Justiça. Segundo o presidente sindical, a manifestação vai continuar ao longo do dia.

Cobradores não serão demitidos, afirma Semobi

Em nota, a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) afirma que os cobradores não serão demitidos. A Semobi reitera que a continuidade da suspensão da cobrança em dinheiro nos coletivos foi definida levando-se em consideração o decreto de estado de emergência em saúde pública no Espírito Santo, que estabelece medidas sanitárias e administrativas para prevenção, controle e contenção de riscos,danos e agravos decorrentes do surto de novo coronavírus (COVID-19). Consequentemente, a função de cobrador no interior dos coletivos também fica suspensa com base no mesmo decreto. Tudo é amparado pelo prazo de estabilidade da Lei Federal nº 14.020 e do acordo firmado com o Tribunal Regional do Trabalho em 2019. 

Sobre a presença dos cobradores nas garagens, a Ceturb retifica informando que são 2.800 profissionais e não 4 mil, conforme havia declarado o Sindirodoviários.  

 



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