Polícia

Pedido de liberdade de advogadas suspeitas de entregar bilhetes para criminosos no ES é negado

As duas advogadas foram detidas suspeitas de atuarem na transmissão de mensagens de dentro para fora de um presídio no Espírito Santo

Foto: Reprodução TV Vitória

O desembargador Adalto Dias Tristão, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), negou o pedido de liberdade das advogadas Luezes Makerle da Silva Rocha Izoton e Gabriela Acker, suspeitas de repassarem informações de dentro do presídio para organizações criminosas.

O advogado de uma delas, Ailton Silva, informou que vai solicitar a reconsideração do pedido de liberdade. As advogadas estão detidas desde o último dia 20 de agosto, após uma ação da operação “Ponto Cego”. 

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Recentemente, uma das suspeita,  Gabriela Ramos Acke, que trabalha na Câmara de Vereadores de Vila Velha, foi exonerada do cargo. Segundo a assessoria do órgão, ela não trabalhava como advogada, mas sim em um cargo comissionado de nível médio e poderá voltar as funções caso seja inocentada. 

Relembre o caso

As duas advogadas foram detidas suspeitas de atuarem na transmissão de mensagens de dentro de um presídio no Espírito Santo para organizações criminosas. A ação fez parte da operação “Ponto Cego”. Os recados eram enviados por meio de cartas, entregues por elas a indivíduos ligados ao crime.

Além das mulheres, um homem que estava com liberdade provisória também foi detido. Ele já havia sido preso por homicídio e porte ilegal de arma e teria recebido uma carta de uma das advogadas. De acordo com policiais do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), as cartas chegaram até a policia por meio de denúncias anônimas.

Um inquérito foi instaurado em abril para apurar o caso. Segundo apuração da equipe da TV Vitória/Record TV, a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) vem acompanhando a situação das advogadas. Outros dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, inclusive dentro de presídios.


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