Polícia

Mulher retalhada dentro de boate começou confusão, diz família de acusadas

A última provocação, de acordo com a mulher, aconteceu dentro da casa noturna, e resultou em ferimentos profundos na vítima, que recebeu mais de 100 pontos pelo corpo

Vítima teve o corpo retalhado e recebeu mais de 100 pontos Foto: Divulgação

As famílias das jovens acusadas de agredir uma mulher dentro de uma boate no último sábado (9), em Vila Velha, deram uma nova versão sobre o que teria motivado as agressões. De acordo com os familiares, a briga dentro da casa noturna foi mais um capítulo de uma história que já durava mais de dois anos e teria sido provocada pela jovem que levou mais de cem pontos pelo corpo.

Uma jovem, que não quis se identificar, afirmou que o motivo da briga entre Cínara, Natália e Marcela, acusadas pelas agressões, seria uma rixa por um relacionamento amoroso.

Segundo a mulher, ela seria irmã de Marcela, uma das agressoras, e teria sido casada com o irmão da vítima por quatro anos. Segundo a jovem, há dois anos o casal se separou. De acordo com ela, desde a separação, ela e a irmã sofrem perseguição pela vítima. “Tudo começou em uma festa. Eu estava nessa festa com minha irmã, Natália e mais um amigo. Do nada, ela ( vítima) começou a achar que eu estava traindo o irmão dela com esse meu amigo na festa. Depois disso começou a me perseguir”, disse. 

Segundo a ex-cunhada da vítima, em pelo menos cinco ocasiões, a vítima teria provocado brigas e a agredido fisicamente. Além das agressões, a jovem disse que também sofria perseguições pelas redes sociais. “ Eu tinha que tomar alguma medida, reagir. Ninguém quer apanhar calado”, afirmou.

A jovem contou ainda que Natália só se envolveu na confusão por ser sua amiga. “ Ela (vítima) já foi na porta da casa das meninas. Já bateu na Natália em frente do filho, cortou o cabelo dela. Um rapaz que a socorreu falou que a Natália ia morrer se ele não estivesse lá”, contou.

A última provocação, de acordo com a mulher, aconteceu dentro da casa noturna, e resultou em ferimentos profundos na vítima, que recebeu mais de 100 pontos pelo corpo. “ Quem começou tudo foi ela ( agredida). Ela bateu com uma lata no rosto de Natália e depois foi atrás dela no banheiro. Natália só tentou se defender com o que tinha nas mãos e acabou ferindo-a”, explicou.

Para a mãe de Natália, o que aconteceu na boate foi uma reação dos últimos dois anos de provocações. “ Minha filha reagiu ao tempo que foi perseguida por essa menina, mas eu não concordo com essas agressões. Não era para ter terminado assim”, lamentou.

Natália, Marcela e Cinara estão presas no Centro de Detenção Provisória de Viana, por tentativa de homicídio. 

Entenda o caso
Na madrugada de domingo (10), a vítima foi parar no hospital após sofrer vários cortes dentro de uma casa noturna, em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha. Ela teria sido agredida por três mulheres depois de uma briga. De acordo com informações do DPJ de Vila Velha, o desentendimento entre as mulheres teria sido motivado por uma rixa antiga entre a vítimas e uma das suspeitas. As agressoras, identificadas como Nathália da Silva Santos, 23 anos, Marcela Marques Moreira, 21, e Cínara Basileu, de 24, foram autuadas em flagrante por tentativa de homicídio.

 Na segunda-feira (11) a mulher agredida recebeu alta do hospital . Após as agressões, a vítima precisou receber mais de cem pontos em 18 cortes sofridos. Segundo a vítima, os ferimentos foram causados por uma navalha. Os golpes foram desferidos no rosto, nos seios, nas costas, coxas e mãos da mulher.

Mãe denuncia PM
A mãe da vítima foi até a Corregedoria da Polícia Militar para formalizar a denúncia contra um policial que, segundo ela, teria ajudado a agredir a filha. O depoimento da mulher foi de portas fechadas e durou cerca de três horas. 

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