Família de mulher morta a facadas dentro de casa em Cariacica pede justiça
O casal tinha um relacionamento conturbado e uma possível traição pode ter motivado o crime. Após assassinar a esposa, ele fugiu com a filha
A família da vendedora de cosméticos Zenaide Trindade dos Santos, de 30 anos, veio do município de Águia Branca, no norte do Estado, para liberar o corpo no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Ela foi assassinada a facadas dentro do apartamento onde morava com o marido e a filha de quatro anos, na madrugada da última quarta-feira (23), no bairro Vila Capixaba, em Cariacica.
Para a polícia, o principal suspeito do crime é o marido de Zenaide, o taxista Ezequiel Vicente Dias. Indignada com o que aconteceu, a irmã da vítima disse que a justiça deve ser feita. “Eu quero justiça mais do que nunca. Sei que ele não vai ficar muito tempo na cadeia, mas a justiça de Deus é maior. Dois meses antes, quando ele foi na minha casa, disse que não tinha medo de ir para a cadeia. Ele já falava de morte e eu disse para a minha irmã que ele não me enganava”, afirmou Andreia Trindade Santos.
De acordo com os familiares, Zenaide foi morar em Cariacica há cerca de 20 anos, e há quatro mantinha um relacionamento com Ezequiel, com quem teve uma filha. Os três chegaram a passar finais de semana e feriados com os parentes da mulher. “Eu nunca esperava isso. Ele trabalhava como taxista, era gente boa, mas tinha muito ciúme dela. Eu quero vê-lo preso para nunca mais sair”, disse Maria Neide dos Santos Ricardo, tia da vítima.
Segundo o delegado Adroaldo Lopes, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Mulher (DHPM), o casal tinha um relacionamento conturbado e uma possível traição pode ter motivado o crime. Após assassinar a esposa, Ezequiel teria pegado a filha, que é autista, e levado para o Rio de Janeiro no taxi que utilizava para trabalhar, para depois voltar ao estado e se entregar a policia.
A família informou que o velório da vítima será no município de Águia Branca.
Criança encontrada
A filha do casal, levada pelo pai após o assassinato da mãe, foi encontrada pela polícia. Segundo o delegado Adroaldo Lopes, a menina estava na casa dos avós, pais do acusado, em Brejetuba, na Região do Caparaó. A criança, que segundo a polícia sofre de autismo, presenciou o crime. Em seguida, o taxista teria fugido com ela. Ezequiel teria afirmado que estava levando a filha para a casa de parentes dele, no Rio de Janeiro, para depois se entregar à polícia. O suspeito, no entanto, ainda não foi localizado.
