Política

Vídeo mostra momento em que vereador de Guarapari é detido após confusão em blitz

Após suspeitarem que o vereador dirigia embriagado, os policiais pediram que outra pessoa dirigisse o carro. Quando ia embora, Léo Dantas (Patriota) fez um gesto obsceno aos militares e acabou parado novamente

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória

As câmeras de segurança de um posto de combustíveis registraram o momento em que o vereador Léo Dantas (Patriota), de Guarapari, lutou contra policiais militares e acabou detido após uma confusão em uma blitz. O parlamentar foi autuado por desacato. 

O caso aconteceu na noite desta sexta-feira (17). Léo Dantas foi parado em uma blitz da Polícia Militar na Avenida Beira Mar, no bairro Praia do Morro. Por suspeitarem que ele dirigia embriagado, os policiais solicitaram que outra pessoa conduzisse o carro do vereador. 

Léo, que se recusou a fazer o teste do bafômetro, recebeu um auto de infração e foi liberado depois que outra pessoa assumiu a direção do veículo. Eles foram embora, mas, ao passarem por outra viatura, o parlamentar fez um gesto obsceno. Os militares, novamente, deram ordem de parada. 

Foto: Reprodução

O motorista parou o carro em um posto de combustíveis e o vereador acabou discutindo com os policiais. Nas imagens cedidas pela TV Guarapari ao jornalismo da Rede Vitória é possível ver a confusão. 

O vereador entrou em luta corporal com um dos militares. Segundo a polícia, o condutor que assumiu a direção do veículo tentou intervir e também entrou em luta com os PMs. No vídeo é possível ver a confusão generalizada.

O pai do vereador esteve no local e, de acordo com a polícia, tentou intimidar a equipe dizendo que não poderiam conduzir o filho. Ele ainda teria ameaçado os policiais dizendo que seriam transferidos do batalhão. Após muita resistência, todos foram encaminhados à Delegacia Regional de Guarapari.

Vereador tentou intimidar policiais, diz PM

Foto: Reprodução / Instagram

De acordo com a Polícia Militar, durante a abordagem, os policiais teriam pedido a identificação de Léo, que desembarcou do carro e informou ser vereador do município. A polícia afirma que ele tentou intimidar a equipe.

LEIA TAMBÉM: Mais um suspeito de ligação com mortes de jornalista inglês e indigenista é preso

Ao ser questionado se havia ingerido bebida alcoólica, o parlamentar pegou o celular e se afastou, ignorando a guarnição e se recusando a fazer o teste do bafômetro.

Ainda segundo a polícia, diante dos fatos, foi lavrado um auto de infração referente a recusa em se submeter ao exame de alcoolemia e informado que ele precisaria apresentar um condutor habilitado para liberação do veículo. 

Após todos os procedimentos e a liberação do parlamentar, Léo Dantas foi para o banco de trás do carro e outra pessoa conduziu o carro. No entanto, de acordo com a polícia, ao cruzar com outra viatura, ele fez gesto obsceno pela janela para os militares, que deram nova ordem de parada.

LEIA TAMBÉM: Casagrande lamenta assassinatos de Dom e Bruno e diz que a luta deles deve ser de todos

O motorista parou no posto de combustíveis onde as imagens foram registradas. O vereador teria sido informado que deveria acompanhar a equipe até uma delegacia, mas se recusou alegando que os policiais não teriam autoridade para isso. Após a confusão, os envolvidos foram levados para a delegacia. 

A Polícia Civil informou que o vereador, de 22 anos, e o homem, de 30 anos, que estava no carro com o parlamentar, assinaram um termo circunstanciado de ocorrência por desacato e foram liberados após assumirem o compromisso de comparecerem em juízo.

Outro lado: o que diz o vereador?

Em nota, o vereador Léo Dantas disse que a confusão teria sido causada por abuso de autoridade de um sargento do 10º Batalhão de Guarapari.

"Trata-se de verdadeiro abuso de autoridade por parte do Sargento Julyeverson Barcelos Vieira, lotado no 10º Batalhão de Guarapari, onde através de provas (vídeo) o referido Sargento arrancou o celular a força da mão do parlamentar e quebrou aparelho, além de causar lesões corporais e spray de pimenta, configurando tortura. Fato este comprovado por vídeo".

O presidente do Patriota, deputado Rafael Favatto, disse que não tem nenhuma declaração sobre o ocorrido, já que trata-se de um caso particular que não aconteceu dentro do exercício da profissão.

Pontos moeda