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Governo do ES pretende retomar obras do Cais das Artes no primeiro semestre deste ano

O empreendimento começou a ser construído em 2010 e está com os trabalhos paralisados desde 2015. Mais de 126 milhões já foram gastos pelo governo

Foto: TV Vitória

Seis anos após serem paralisadas pela Justiça, as obras do Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória, poderão, enfim, ser retomadas ainda no primeiro semestre deste ano. Pelo menos essa é a expectativa do governo do Estado, que ainda atua na esfera judicial para tentar dar andamento aos trabalhos. 

O empreendimento, cuja proposta é abrigar espaços voltados para a realização de shows e espetáculos de teatro, dança, concertos e exposições artísticas de renome nacional e internacional, começou a ser construído em 2010 e está com as obras paradas desde 2015.

Por meio de nota, o Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) informou que a obra segue judicializada e que são aguardados os trâmites de liberação para uma possível retomada dos trabalhos no primeiro semestre deste ano. Segundo o órgão, o contrato será o mesmo que foi paralisado, com a mesma empresa e condições estabelecidas na época da vigência.

De acordo com o DER-ES, o prazo para a entrega da obra, após a retomada dos serviços, é de dois anos. Ou seja, caso o governo estadual consiga realmente dar prosseguimento à obra ainda no primeiro semestre deste ano, o Cais das Artes deverá ser entregue até meados de 2023.

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Quando o empreendimento começou a ser construído, em 2010, o governo esperava concluí-lo dentro de 18 meses. No entanto, as obras do Cais das Artes foram paralisadas por duas vezes, devido a problemas apresentados pelas empresas contratadas.

O primeiro consórcio foi à falência, em 2012. Uma outra empreiteira retomou a obra no ano seguinte, mas, em 2015, o consórcio entrou na Justiça contra o Estado, impedindo que o governo retomasse a conclusão do projeto. Desde então, as obras estão paralisadas e a estrutura erguida até agora vem sofrendo com a degradação do tempo. Isso sem contar os transtornos causados aos moradores da região.

Até o momento, o governo do Estado já desembolsou mais de R$ 126 milhões com a obra. Com a possível retomada dos trabalhos, a previsão é que sejam gastos mais R$ 70 milhões, aproximadamente, valor que já era previsto no contrato e que foi reajustado de acordo com a inflação, segundo o DER-ES.


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