PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

“Já fui expulsa de sala por alunos no ES. Hoje sou professora há 25 anos”, diz escritora

Liana Figueiredo é uma das 11 autoras de "Mulheres Que Decidem Liderar", livro de empreendedorismo feminino lançado em cervejaria de Vitória no último sábado (18)

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Aline Rocha/@modon.fotos
A escritora, professora e mentora Liana Figueiredo: tarde de lançamento de livro em Vit´ória

Liana Figueiredo é empreendedora desde criança. Aos 52 anos de idade, faz um balanço e reflete que desde sempre criava formas de ganhar dinheiro com oportunidades: “Com cinco anos eu fazia maionese caseira para vender”. Hoje, ela é consultora do Sebrae, mentora, professora universitária há 25 anos e ainda sócia de uma empresa de locação de transporte. Mas nem sempre ela soube administrar tão bem assim as atividades.

“Na minha primeira experiência em sala de aula fui expulsa da sala por um grupo de alunos que disseram que eu não tinha como estar lá, onde eu estava. Hoje tenho 25 anos como professora universitária e mais de 30 homenagens como paraninfa de várias turmas. Se eu não tivesse aquele evento frustrado inicial, eu nunca realizaria do que sou capaz”, analisa, em bate-papo com a Coluna Pedro Permuy.

Essas e outras experiências no mercado profissional ela conta em “Mulheres Que Decidem Liderar”, livro que escreveu com mais 10 mulheres do Brasil, lançado em Vitória no último sábado (28).

“O livro foi muito oportuno para eu revisitar minha história. E esse revisitar me fez mergulhar nas lembranças desde a minha infância. Olhar e ver o quanto cada evento teve de importância na minha vida. Coisas que às vezes nos causam dor, mas depois fortalecem”, adianta.

A obra, em suma, reúne histórias de 11 mulheres que fazem parte de uma rede de empreendedorismo nacional (o Mulheres Que Decidem) e como cada uma delas fez para empreender em cada área de atuação. Além das dificuldades que enfrentam no dia a dia dos trabalhos. “Muitas vezes essa coragem de criar o próprio espaço é um ponto que a mulher ainda não assumiu. A gente ainda tem barreiras, como mulher, porque assume uma multiplicidade de tarefas que, às vezes, atrapalha”, compara.

“As mulheres empreendedoras são sempre muito apaixonadas. O universo feminino vive, sim, situações complexas de competição no mercado, mas a gente trabalha no nosso núcleo para desconstruir isso”

Segundo Liana, que já se considera empreendedora há pouco mais de 25 anos, as experiências dentro de casa foram as que mais influenciaram na construção da própria personalidade. “Nesse resgate do livro, por exemplo, me lembrei muito da minha mãe falando: ‘Para uma criança medrosa que você foi, você se tornou uma mulher muito corajosa’. E abordo muito sob esse aspecto no meu capítulo do livro”, recorda.

E continua: “A questão de relacionamentos, por exemplo. Às vezes a gente acaba se perdendo da gente por um relacionamento que nos tira da nossa essência. E quando o relacionamento acaba, parece ruim, mas o pós-crise daquela situação é libertadora”.

Para a autora, o que conecta ela às outras escritoras do livro é a força que cada uma delas empenha para, hoje, terem um espaço próprio. “O que nos conecta é a forma diferenciada de a gente enxergar a oportunidade. As mulheres têm um grau de afetividade muito interessante e todas são apaixonadas, como disse”, finaliza.

Liana assina o livro com Priscilia Queiroz, Jucilene Santos, Ivânia Rodrigues, Ana Cristina Araújo, Claudia Câmara, Aurea Nahas, Heles Cristina Ferreira, Cecília Bettero, Priscila Furtado e Estela Mara Arthuso. 

Aline Rocha/@modon.fotos
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