Com novas pistas, polícia avança nas investigações sobre assassinato de sargento da PM em Vitória
Homem preso nesta quarta-feira confessou participação no assassinato do sargento Romania e indicou quem teria sido o atirador. Caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que vai apurar as informações
A polícia prendeu, na manhã desta quarta-feira (02), mais um suspeito de participação no assassinato do sargento da Polícia Militar, Marco Antonio Romania, morto a tiros no dia 16 de fevereiro, em um bar em Joana D'arc, em Vitória. Com isso, já são três detidos suspeitos de participação no crime.
Com a prisão desta quarta-feira, a polícia pode estar perto de elucidar o assassinato do militar, que até então vem sendo tratado como latrocínio — roubo seguido de morte. Isso porque o suspeito preso nesta quarta revelou informações importantes sobre a dinâmica do crime e apontou quem foi o autor dos disparos.
As informações serão checadas pela Polícia Civil, que conduz as investigações, por meio da Divisão Patrimonial. Logo após ser detido pela PM, o homem foi encaminhado para a unidade policial, onde prestou depoimento. No final da manhã, a PCES informou que a ocorrência ainda estava em andamento.
Suspeito informou nome falso aos policiais
De acordo com o capitão Almeida, que participou da prisão realizada nesta quarta, os policiais chegaram até o suspeito após receberem a informação de que um dos autores do assassinato do sargento Romania estaria em uma casa, no bairro Tabuazeiro, em Vitória.
Os militares do 1° Batalhão da PM foram até o endereço indicado e o encontraram dentro da casa, que estava aberta.
Segundo o capitão, o rapaz informou, inicialmente um nome falso aos policiais, que descobriram a verdadeira identidade dele por meio do Serviço Reservado de Inteligência.
"Encaminhamos uma foto do indivíduo ao Serviço de Inteligência, que nos informou o verdadeiro nome dele", explicou.
O suspeito foi identificado como Bruno Rocha Donato, de 18 anos, morador do bairro São Benedito, também na Capital. De acordo com o policial, o rapaz confessou ter participado do assassinato do sargento Romania, mas negou ter sido o autor dos disparos.
"Ele contou detalhes sobre o dia do crime e indicou quem foi o atirador. Detalhes não podem ser divulgados no momento, para não atrapalhar as investigações. Mas tudo foi repassado à Polícia Civil, que está investigando o caso", frisou Almeida.
Dois suspeitos de participação no crime já foram detidos
Antes da prisão ocorrida nesta quarta, a polícia já havia detido outros dois suspeitos de participação no assassinato do sargento Romania. Um deles é um adolescente de 17 anos, que se entregou à polícia, no dia 19 de fevereiro, e confessou ter atirado no policial.
A Polícia Civil, no entanto, investiga se o adolescente realmente tem envolvimento com o crime ou se ele foi usado apenas como "escudo" para proteger o verdadeiro atirador.
Após se apresentar voluntariamente à polícia, o suspeito entregou a arma que seria do sargento — roubada no dia do crime — e outro revólver, que teria sido usado para matar o policial.
O outro suspeito que já está na prisão é um homem de 43 anos, detido no dia 18, que admitiu ter dirigido o veículo utilizado na fuga dos criminosos. Ele afirmou ter recebido um valor de R$ 300 pelo serviço. O carro dele foi localizado pela polícia perto de uma pracinha no bairro Itararé, em Vitória.
Relembre o caso
O sargento Marco Antonio Romania foi executado na noite do dia 16 de fevereiro, quando assistia a uma partida de futebol em um bar, localizado no bairro Joana Darc, em Vitória.
Criminosos invadiram o local e tentaram assaltar o estabelecimento. Eles exigiram que os clientes levantassem as camisas e, ao verem que o policial estava armado, efetuaram três disparos contra a vítima. Em seguida, fugiram com a arma do PM.
O sargento Romania foi atingido na cabeça, no pescoço e na nuca. Ele morreu no local do crime.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado, inicialmente, como latrocínio e seguirá sob investigação do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
Moradores e comerciantes disseram que a região onde o bar funciona há mais de 20 anos não tem registros deste tipo de crime, o que pegou todos de surpresa, até porque 'Marquinho Romania', como era chamado, era morador do bairro e conhecido na região.
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