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Casagrande promete linha de crédito para jovens e mais 30 mil vagas para o CNH Social, caso seja reeleito

Durante a sabatina realizada pela TV Vitória e pelo Folha Vitória, o candidato ao governo do ES também respondeu à perguntas sobre escândalos envolvendo nomes que faziam parte de seu secretariado

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

Buscando se reeleger para mais quatro anos à frente do Palácio Anchieta, o atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), foi o segundo entrevistado da série de sabatinas que a TV Vitória/RecordTV e o Folha Vitória realizam com os candidatos a chefe do Executivo estadual no pleito deste ano. As entrevistas acontecem até a próxima sexta-feira (23).

Durante a sabatina desta terça (20), Casagrande apresentou suas propostas de governo, além de responder à perguntas como seu apoio e voto declarados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência da República, e os escândalos envolvendo nomes que faziam parte do secretariado montado por ele no início de seu mandato.

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No campo das propostas, se destaca a promessa de criação de uma linha de crédito para ajudar os jovens do Estado, especialmente os que hoje se encontram fora do mercado do trabalho, a empreender e dar início ao processo de independência financeira, tendo em vista que, segundo os últimos dados do IBGE, 16,9% dos  capixabas com idades entre 15 e 29 anos, não trabalham e nem estudam. 

“Como nós estamos lidando com isso? Primeiro, com busca ativa, porque é importante que o jovem que não concluiu seus estudos, especialmente o ensino médio, possa retornar à sala de aula, seja através da Educação de Jovens e Adultos, seja por meio do curso normal. Nós temos uma parceria com a Unicef, fazendo busca ativa de aluno que esteja fora da sala de aula. Segundo, estamos ampliando as condições e a atratividade das nossas escolas. Vamos acoplar ao 'QualificarES' (programa de formação profissional)  o 'RealizaES', que é uma linha de financiamento com custos menores nos juros, para que ele possa empreender, além de mais 30 mil vagas para a CNH social a partir do ano que vem”, elencou Casagrande.

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Apoio e voto para o ex-presidente Lula

Já na primeira rodada de perguntas feitas à Casagrande, ele foi questionado acerca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O socialista foi provocado a responder se ter o petista em seu palanque seria um ônus ou um bônus.

“Nós fizemos uma aliança ampla para governar o Espírito Santo. Meu partido fez aliança com o partido do presidente Lula e eu nunca escondi isso de ninguém. Tenho capacidade de dialogar com qualquer um que for o presidente. Todo mundo sabe quem é o meu candidato. Se fosse um ônus, eu não teria feito essa aliança com o PT. Fizemos essa aliança porque temos vantagens eleitorais”, disse Casagrande, que defendeu que o Estado não pode entrar no que ele chamou de guerra eleitoral.

Tráfico de drogas e violência em bairros da Grande Vitória

A segunda pergunta feita a Casagrande teve como foco a área da Segurança Pública. O governador foi indagado sobre quais políticas públicas pretende implantar no enfrentamento ao tráfico de drogas e à criminalidade. 

O mandatário ainda foi lembrado dos constantes casos de tiroteios em bairros da Grande Vitória, que colocam em risco a vida da população.

“Nós sabemos que esse é um desafio mundial, não só do Espírito Santo, porque isso (o tráfico) movimenta bilhões de reais, com um mercado forte e estruturado, no mundo todo, pessoas que importam e exportam drogas; isso tem um mercado muito forte, mas nós estamos trabalhando. Todos os dias as nossas forças policiais estão trabalhando. Estamos avançando com trabalho de polícia e com inclusão social. Então, estamos investindo forte na área de Segurança Pública. Trabalho de segurança pública não se faz com demagogia”, frisou. 

Combate à pobreza

A colunista política do Folha Vitória, Fabi Tostes, confrontou Casagrande com dados que apontam que o Espírito Santo tem mais de 1 milhão de capixabas na linha da pobreza e outros 390 mil em extrema pobreza e que, ao contrário de outros Estados da federação, o Espírito Santo tem uma condição econômica razoável. 

A jornalista também ressaltou que os adversários do governador têm criticado o fato de os cofres públicos estaduais terem saldo positivo de R$ 6 bilhões, enquanto milhares de famílias estariam em situação de miséria.

“Temos responsabilidade com o dinheiro da população capixaba. Esse dinheiro não é meu, é da população capixaba. Eu olho para a posição de algumas lideranças (políticas), e vejo que elas querem raspar o fundo do cofre, acabar com o dinheiro da população capixaba. Eu, tendo recurso em caixa, pude reduzir o ICMS de 27% para 17%; fui o primeiro Estado a comprar vacinas, fiz a gestão da pandemia”, explicou.

Valorização dos profissionais de enfermagem

Na abordagem voltada para área da Saúde, o governador foi questionado acerca de suas propostas para a valorização dos profissionais de enfermagem, em caso de terminar o pleito reeleito.

“A enfermagem já é uma prioridade para nós, tanto que nós não temos nenhum problema. Já remuneramos a enfermagem com o piso que foi aprovado no Congresso nacional. Os enfermeiros são fundamentais para todo o serviço de saúde. Avançamos bastante e vamos avançar ainda mais”, destacou.

Desempenho do ensino no Espírito Santo

Durante a sabatina, o governador também foi perguntado sobre as razões que fizeram o Estado cair no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com relação ao ano de 2019. Exemplo disso é que o ensino médio capixaba caiu do primeiro para o terceiro lugar, conforme os dados.

“Na verdade, caímos da segunda para a terceira posição. Nós estamos no ‘top três’, no pódio. A gente era o primeiro em proficiência. O que aconteceu na pandemia, e seria ingenuidade a gente achar que não ia ter efeito. É que alguns Estados não fizeram o que nós fizemos: não passamos os alunos automaticamente. A gente teve reprovação. Então, o nosso fluxo diminuiu. Mesmo com a pandemia, a gente manteve uma posição boa, dentro da realidade da educação brasileira”, ressaltou Casagrande.

Programação

As sabatinas seguem ao longo da semana, momento em que também serão entrevistados os candidatos Aridelmo Teixeira (Novo), Guerino Zanon (PSD) e Audifax Barcelos (Rede).

Confira a ordem das entrevistas com os candidatos

- Aridelmo Teixeira (Novo) - 21 de setembro
- Guerino Zanon (PSD) - 22 de setembro
- Audifax Barcelos (Rede) - 23 de setembro

A primeira parte da sabatina ao vivo está sendo transmitida no último bloco do Jornal da TV Vitória e tem duração de 15 minutos. A segunda parte da entrevista acontece no Folha Vitória, também com transmissão ao vivo.

Além das transmissões pela TV e pela internet, bem como por meio dos perfis do Folha Vitória nas redes sociais, a Rádio Pan News Vitória (90.5 FM) também transmite a sabatina.

Entrevista terá perguntas da sociedade

Durante a entrevista, além das jornalistas Juliana Lyra, Patrícia Scalzer e da colunista Fabi Tostes, os candidatos também vão responder a perguntas de representantes de cinco segmentos da sociedade civil.

Com o esquema especial de cobertura das Eleições 2022, a Rede Vitória assume o compromisso de intermediar as demandas da sociedade e a agenda proposta pelos candidatos.

"É a maior cobertura eleitoral que j´á fizemos. Queremos traduzir essas demandas e pautar as agendas dos candidatos, trazer essas demandas para a discussão pública", ressalta o Superintendente de Conteúdo da Rede Vitória, Alexandre Carvalho.


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