Polícia

Em dois meses, 4 crimes brutais envolvendo familiares foram registrados no ES

Somente em julho deste ano, foram registrados 31 homicídios envolvendo familiares Estado

Foto: Divulgação

Casos de homicídios envolvendo pessoas próximas chamam atenção das autoridade e da população capixaba. Só em julho deste ano, segundo a Secretaria de Segurança Pública, 31 homicídios de proximidade foram registrados. 

O crime mais recente envolvendo familiar aconteceu na quinta-feira (5), em Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo. Lindaura Vieira de Souza, de 46 anos, foi apontada pela polícia como responsável por espancar e matar a própria mãe, a idosa Luzia Eccel, de 76 anos. 

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A mulher confessou que praticou o crime por causa de R$ 100. Segundo o delegado Hedson Felix, titular da delegacia de Baixo Guandu, Lindaura Vieira de Souza começou a discutir com a mãe quando ela recusou o dinheiro. 

"Ela foi autuada em flagrante por homicídio qualificado, por ter sido cometido contra uma vítima idosa, que não teve a mínima chance de defesa", explicou o delegado. 

Após o encerramento das investigações, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público. 

Estudante de medicina mata os pais na Praia da Costa

Um outro crime envolvendo família ocorreu na quarta-feira (4), na Praia da Costa em Vila Velha. A tragédia aconteceu em um condomínio residencial e chamou atenção pelo cenário macabro encontrado na residência.

Segundo a polícia, o estudante de medicina Guilherme Heringer César, de 22 ano, teria matado a facadas os pais, o médico urologista Paulo de Oliveira César, de 68 anos, e Raquel Heringer César, de 61. Em seguida, o rapaz teria tirado a própria vida.

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As paredes da casa estavam pintadas com símbolos religiosos, como cruzes de cabeça para baixo e também pentagramas (estrelas de cinco pontas), e frases com referências à passagens do livro bíblico do Apocalipse. Também foram encontradas exemplares rasgados da Bíblia e garrafas vazias de cerveja.

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Mulher abraçou marido para que amante o matasse

No final de julho, uma mulher foi presa, junto com o amante, suspeita matar o próprio marido em Castelo. Ela abraçou o companheiro para que o amante o estrangulasse. 

Foto: TV Vitória

Inicialmente, ela contou que o marido morreu após um assalto na casa deles. No entanto, as investigações concluíram que o plano foi tramado pela suspeita e pelo amante, que tinham interesse nos bens do casal.

Depois de presa, a esposa da vítima contou que combinou o crime com o amante por telefone.

Pai matou esposa e os filhos em São Domingos do Norte

Em junho, um outro crime chocante deixou a cidade de São Domingos do Norte de luto. De acordo com a polícia, Flávio Sandro Olmo, de 42 anos, matou os filhos Anelise de Souza, de 4 anos, Ítalo, de 8, Laisla, de 18 anos e a esposa, Eusivania Marcelino. 

Foto: Reprodução

Após cometer o crime, o suspeito também tirou a própria vida. Segundo a polícia, uma faca e uma marreta foram encontradas na casa em que a família morava. O crime chocou os moradores da região, que tem pouco mais de 8 habitantes. 

A irmã de Eusivânia contou que o casal não tinha qualquer histórico de violência e de brigas frequentes. A família, no entanto, confirmou que Flávio tinha um histórico de depressão e que ele e a esposa estavam em um processo de separação.

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Crimes de proximidade no Espírito Santo

No mês de junho, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o Estado registrou 86 mortes, sendo 38 casos de crime de proximidade, envolvendo amigos, irmãos, marido e mulher ou filhos, o que representa 45%.

Foto: Reprodução TV Vitória

"Crime de proximidade é aquele em que a vítima tem algum contato com a pessoa que a matou. Estamos falando de um grupo de amigos que no meio de uma discussão parte para um tiro ou facada. Também estamos falando de crime dentro da residência, de filho com pai, com a mãe, de marido com esposa e filhos", afirma o secretário de Segurança do Estado, Alexandre Ramalho.

Segundo o secretário, esses crimes fogem do controle do trabalho de prevenção das polícia e impactam, negativamente, nas estatísticas do Estado. 

"Isso, respeitando as famílias, é um drama muito difícil de conviver e traz um retrospecto muito ruim para as estatísticas do Espírito Santo. "São crimes geralmente cometidos entre quatro paredes, de madrugada, em uma festa, por exemplo. Fica muito difícil a polícia fazer a prevenção', destacou. 

Até o momento, nenhum familiar do caso da Praia da Costa esteve no Departamento Médico Legal para fazer o reconhecimento e liberação dos corpos. 

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